A consagração à Maria Virgem proposta por São Luís Maria Grignion de Montfort no Tratado da verdadeira devoção à Virgem Maria não diverge em nada das
promessas e votos do batismo. Trata-se, efetivamente, de algo como uma atualização dos compromissos assumidos por todo cristão batizado, por meio das
práticas interiores e exteriores da consagração (cf. n. 115-116, 213, 257). Assim, a natureza do Tratado e sua finalidade última contestam por si só
qualquer deturpação que ele possa sofrer, e qualquer mau uso que se possa fazer da devoção por ele apregoada, a fim de que esta não seja rebaixada a
uma mariolatria que nada tem a ver com nossa adoção filial a Deus, em virtude do batismo, pelos méritos de Nosso Senhor Jesus Cristo e na unidade do
Espírito Santo.