«O silêncio do Papa Pio XII durante o Holocausto era sinal de que ele aprovava as atrocidades nazistas. Por isso, merece o título de papa de Hitler»: não é raro depararmos com uma afirmação como essa, mesmo em círculos de autoproclamados intelectuais. As acusações contra o Papa Pio XII volta e meia reaparecem na mídia, na escola, na universidade... O que o rabino norte-americano David G. Dalin demonstra nestas páginas é que essa ideia não passa de um mito grosseiro, propagado por pessoas mais preocupadas em arranhar a imagem da religião do que com a verdade. Apoiado em farta evidência histórica – documentos contemporâneos, pronunciamentos, testemunhos de colaboradores do papa e de sobreviventes –, o autor, também doutor em História, mostra que Pio XII não poupou esforços nem meios para salvar o maior número de pessoas possível (milhares delas) e que, ao fazê-lo, seguiu uma longa tradição de pontífices que sempre se mostraram amigos do Povo Escolhido, desde Gregório Magno (séc. VI) até os papas mais recentes.