Em 1377 Catarina de Sena passou por uma grande experiência interior, que lhe fez compreender o prejuízo causado à Igreja pelas lutas político-religiosas do seu tempo. Ao receber uma carta de seu diretor espiritual, frei Raimundo, na qual ele expressava iguais sentimentos, ficou vivamente impressionada e respondeu-lhe com a carta n. 272. Esta, segundo a opinião dos estudiosos, constitui o gérmen da sua obra-prima, o Diálogo. Apresente edição conserva a forma dialogal – entre uma “serva” e Deus Pai” –, sendo cada “fala” ou discurso introduzido por uma apresentação. São 37 capítulos, sendo que, nos números ímpares, quem discorre é a serva; nos pares, Deus.