O livro investiga o belicismo e a antropofagia do ameríndio Tupinambá à luz do seu apelo simbólico. O leitor será convidado a questionar se a simples vingança – como a compreendemos hoje – é mesmo argumentação suficiente para explicar toda a movimentação e estruturação do indígena na empreitada
guerreira, que envolvia a captura e o sacrifício de prisioneiros. Quanto à prática antropofágica, abjeta como pode parecer, há espaço para adicionar às compreensões disponíveis um caráter profundamente religioso e teleológico, cuja premissa central aponta para a construção de um corpo incorruptível tanto daquele que sacrifica quanto do que é sacrificado.