A história não tem registro de Maria de Nazaré, exceto pelos documentos de fé, e o relato a seu respeito nesses documentos é extremamente breve. Lucas e Mateus a mencionam geralmente nas narrativas de infância, que não são relatos históricos do princípio da vida de Jesus. O quarto Evangelho, que é o que lhe dá mais proeminência, faz mais uma reflexão teológica de sua figura do que uma narrativa de acontecimentos históricos. Ora, o contraste entre a pouca prova bíblica a seu respeito e o interesse persistente nela depois de dois mil anos é notável. Como essa lacuna coexiste com o crescimento do culto a Maria no decorrer dos séculos? Foi essa a questão que instigou a professora Coyle a pesquisar mais a respeito dessa mulher, cujo culto acalenta a imaginação religiosa de milhares de cristãos.