São poucos os textos do Novo Testamento que falam da presença e atuação de Maria na obra redentora da humanidade, mas isso não signifi ca que a sua presença seja algo acidental ou acessório. Sem ela, o Evangelho perde a sua concretude. Nestes dias que antecedem a Semana Santa – celebração da paixão, morte e ressurreição do Senhor –, voltamos o nosso olhar para Maria, e a contemplamos unida ao sacrifício redentor de seu Filho na cruz. Ao longo do livro, percorre-se um itinerário de meditações sobre as dores que sentiu a Mãe de Jesus ao longo de sua vida, e são lembrados os acontecimentos que melhor ilustram sua presença na vida do Filho: o episódio da apresentação de Jesus no Templo e da fuga ao Egito; o dia em que Jesus se detém no Templo, separando-se de seus pais na caravana; o sofrimento de Maria ao lado de Jesus ao longo do Calvário, da crucifi cação e do sepultamento. A vida inteira de Maria foi tecida de amor e dor, assim como a vida de todos nós. Compaixão de Maria é símbolo da existência da Mãe unida ao seu Filho, edifi cada no amor e na dor, resplandecendo a beleza do amor humano na sua plenitude e radicalidade.