Que história nos é mais familiar do que a do Natal? E, ao mesmo tempo, qual é mais extraordinária? O elenco de personagens é curioso e incomum: pastores e magos, um imperador e um déspota, anjos, um jovem casal e um bebê que é o Deus Altíssimo. O aspecto extraordinário pede uma explicação, e uma explicação que leve em conta o que há de familiar, literalmente, nesses acontecimentos que mudaram a história do mundo. Em A alegria do mundo, Scott Hahn combina uma aguda análise do texto bíblico com uma escrita atraente para lançar luzes sobre a primeira noite de Natal e mostrar como o Nascimento de Cristo foi um acontecimento familiar. «Mas quem é o herói da história do Natal? Tendemos a ler o Evangelho pelo filtro de dois milênios de tradição, de maneira que a resposta parece óbvia: o herói é Jesus! Ele é a razão por trás da celebração. É dEle o nascimento que celebramos nesse dia, e é dEle a história que ouvimos e que depois proclamamos do alto da montanha. «É verdade que Jesus está no centro da história, mas Ele não se comporta como um herói convencional. Jesus não se encaixa no modelo padrão. Não age sozinho. Não interfere diretamente para mudar o curso dos acontecimentos. Na verdade, Ele mal age. É passivo: nasce e logo é posto para dormir numa manjedoura; é encontrado pelos magos no colo de sua mãe, é levado em fuga para o Egito. [...] «A história do Natal tem um herói incomum. Não se trata de um guerreiro, de um conquistador, não se trata sequer de um indivíduo, mas sim de uma família». O Natal, como aparece no Novo Testamento, é a história de um pai, uma mãe e uma criança, suas relações, suas interações, seus princípios, suas vidas individuais e sua vida em comum. Contemplar a vida dessa «trindade da terra» é contemplar um primeiro vislumbre do céu.